Fernanda Amorim: currículos focados em TI e também em gestão de projeto |
Segundo a especialista, que observa o interesse de contratação em multinacionais, empresas de pequeno porte e startups, as diretorias procuram gestores com perfil inovador. "Querem currículos na área de tecnologia da informação (TI), focados em gestão de projetos e desenvolvimento de mercado". No ano passado, a consultoria recrutou três posições de gerência ou superior e a previsão para 2014 é terminar o ano com quatro contratações no segmento.
Fernanda afirma que o mercado também mostra sinais de transformação. "O crescimento irreversível do mobile payment (pagamento com celular) demanda atualizações dos profissionais e aumenta a procura por talentos captados em consultorias estratégicas e no setor de serviços financeiros".
Foi o que aconteceu com Igor Marchesini, ex-gerente da consultoria Bain, convidado, no ano passado, para montar a operação da alemã SumUp no Brasil, logo depois de concluir um MBA em Stanford, na Califórnia. A marca oferece um leitor de cartões de crédito acoplado ao celular.
"Nessa área, mais do que experiência, é preciso ser inovador e pensar fora da caixa", diz Marchesini. Munido dessa ideia, o diretor formou uma equipe com 22 funcionários, sendo cinco em posições estratégicas. "São líderes jovens, de 25 a 29 anos, com muito potencial e currículos construídos em áreas diversificadas".
Para se ter uma ideia, o gerente de desenvolvimento de negócios Saulo Tristão é formado em engenharia aeronáutica e já representou o Brasil nas provas de hipismo das Olimpíadas de Pequim, em 2008. Sem experiência na área de vendas, trabalhou no exterior, em empresas como Google e Airbus. Já o braço direito de Marchesini no departamento financeiro, Ticiano Vieira, é engenheiro físico e prestava consultoria para indústrias automotivas nos Estados Unidos. Atualmente, a SumUp tem 30 vagas em aberto. Pelo menos, dez colocações estão reservadas para líderes que serão contratados até 2015 para atuar no combate a fraudes e atendimento ao cliente.
A diversidade profissional também é uma tendência nos gigantes no setor. Roberto Dumani, vice-presidente de desenvolvimento organizacional da Cielo, com 1,5 mil colaboradores, diz que a heterogeneidade na formação dos funcionários é uma marca do quadro da companhia. "Valorizamos técnicos em TI, operações e finanças, mas contamos também com graduados em ciências humanas e sociais", diz. "Buscamos talentos com perfil voltado para a inovação".
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