Segundo o Sindimetal, as rescisões contratuais não são pagas e o sindicato precisa recorrer à Justiça para garantir o direito dos trabalhadores
As empresas que têm contrato com a Petrobras na área de metalurgia em Alagoas não têm cumprido seus contratos, provocando transtornos para os trabalhadores no recebimento das rescisões contratuais.
Quem afirma essa situação é José Jobson Ferreira Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas (Sindimetal). Segundo ele, as empresas simplesmente param de realizar os serviços para os quais foram contratadas por meio de licitação.
“Elas [empresas] desaparecem. E os trabalhadores ficam sem trabalho até que outra empresa assuma aquele serviço. Nesse meio tempo, as rescisões contratuais não são pagas e o sindicato precisa recorrer à Justiça”, diz José Jobson.
José Jobson diz que empresas afirmam que contrato com Petrobras são ruins.
Contudo, ressalta o dirigente sindical, os trabalhadores ficam desempregados por pouco tempo. Uma vez que os contratos são temporários, por serem estipulados por serviço. E, à medida que um acaba outro se inicia e as empresas tendem a contratar os mesmos trabalhadores. Ou seja, o tempo sem trabalhar é basicamente o do interstício contratual.
O presidente do Sindimetal afirma que a alegação das empresas é que os contratos com a petrolífera estatal são ruins, mas ele questiona essa afirmação. “Ora, se são ruins porque então assinaram o contrato? Todos que participam de uma licitação sabem o teor das regras caso a vençam”.
Além disso, relata José Jobson, as empresas afirmam que a Petrobras ainda pediria desconto de 20% no valor do contrato e que por isso elas não conseguem cumpri-lo. “A questão é que para disputar uma licitação, que vence quem oferta o menor valor, as empresas colocam seus preços muito baixos. Ficando, portanto, sem condições de terminar os contratos”.
Fonte: Metalurgia & Distribuição