O resultado é pior que o projetado pela Fiesp (federação paulista das indústrias). A entidade esperava que o recuo ficasse em 1,5%.
A retração mais acentuada ocorreu porque a mão de obra disponível não conseguiu atender toda a demanda, impulsionada por obras imobiliárias e habitacionais, como as do programa federal Minha Casa Minha Vida.
"O segmento precisou contratar às pressas pessoas com menor ou nenhuma qualificação e isso impactou o ritmo da produtividade", afirma Fernando Garcia, consultor da entidade.
Entre 2007 e 2014, também houve carência de engenheiros em todas as especialidades, segundo Garcia.
"O resultado disso foi que o custo das obras e o preço final dos empreendimentos aumentaram", afirma.
O valor da produção de maquinários atingiu R$ 20,3 bilhões no ano passado, com crescimento anual real de 1,7% desde 2007.
"O desempenho só não foi maior durante o ciclo porque a indústria nacional não conseguiu atender o consumo interno e cedeu espaço aos produtos importados."
O faturamento do segmento industrial de máquinas e equipamentos para a construção foi de R$ 20,1 bilhões em 2014 –expansão real de 3,9%, estima a federação.
O setor emprega cerca de 69 mil trabalhadores.
Fonte: Folhapress