Os futuros de cobre operam em forte baixa em Londres e Nova York, após dados positivos de comércio da China não terem sido suficientes para abafar temores sobre a demanda futura do maior consumidor mundial do metal, em meio a um quadro econômico global turbulento.
Por volta das 8h30 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 2,8%, a US$ 5.120,00 por tonelada, depois de atingir a mínima em duas semanas de US$ 5.106,00 por tonelada mais cedo na sessão. Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para dezembro tinha queda de 2,49%, a US$ 2,3290 por libra-peso, às 8h57 (de Brasília).
Ontem, os preços do metal avançaram após a China anunciar que suas importações de cobre refinado tiveram alta anual de 12% em agosto, a 262.691 toneladas. O suporte ao cobre, porém, teve vida curta. ”Trata-se de mais do mesmo pessimismo com a China e a percepção de que não há muita resposta do lado da oferta ao que é visto como um quadro de demanda em deterioração”, comentou Stephen Briggs, analista de metais básicos do BNP Paribas.
A China consume cerca de 45% da oferta mundial de cobre. Recentemente, uma onda de liquidação nas bolsas chinesas abalou os mercados locais, apesar de uma série de medidas de intervenção do governo chinês. O cobre, que chegou a ser cotado a menos de US$ 5.000,00 por tonelada no mês passado, tem mostrado dificuldades de se recuperar de forma decisiva, embora alguns analistas acreditem que o metal já tenha atingido o fundo do poço.
Entre outros metais na LME, a tendência de queda era generalizada: enquanto o alumínio para três meses recuava 1,7%, a US$ 1.588,00 por tonelada, o zinco perdia 1,3%, a US$ 1.636,00 por tonelada, o níquel caía 1,4%, a US$ 9.725,00 por tonelada, o chumbo tinha baixa de 1,5%, a US$ 1.680,00 por tonelada, e o pouco negociado estanho cedia 1,8%, a US$ 14.880,00 por tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: Yahoo Notícias